
Noções elementares sobre a mente
Fundação Logosófica - Em prol da superação humana
Publicado em: 11/08/2021
Da Coletânea da Revista Logosofia 1
Como você define a palavra “mente”? Já pensou alguma vez nisto? Pois bem; a mente viria a ser o espaço onde atuam os pensamentos; é como se disséssemos: a casa onde eles entram, se movem, de onde saem, onde se hospedam e, também, onde nascem ao calor de fecundas concepções.
Esta definição, tão simples quanto profunda, é imprescindível para compreender fatos e situações da vida aparentemente inexplicáveis ou não definidos nem esclarecidos com precisão.
Convém saber que os pensamentos, à semelhança do que ocorre com as pessoas, têm atuações próprias. Podem chegar à mente de um homem e exercer ali uma determinada influência. Consideraremos, por exemplo, o caso de um indivíduo de escassa cultura em cuja mente surja um pensamento que leva em si a inclinação ao roubo.
Este pensamento começa a atuar dentro de sua mente e, ao final de um breve tempo, faz com que o homem por ele perseguido pratique o ato que a intenção do roubo sugere.
Você sabe como atuam os pensamentos? O que acabamos de dizer basta para revelar a grande necessidade que existe de conhecer essa atividade. Os aspectos que em seguida adicionaremos demonstrarão ao leitor que essa necessidade é realmente imperiosa.
Os pensamentos vivem, se movem e agem, passando de uma mente para outra com suma facilidade, em busca de pontos de afinidade. Dentro de cada mente podem ir se alternando os mais variados pensamentos, sem que o homem suspeite da presença de tais hóspedes, os quais ele confunde com elementos próprios e originais de sua mente.
Nos momentos em que um grande número de pessoas padece de preocupações afins – como ocorre atualmente –, os pensamentos, quando por sua natureza se multiplicam, dão lugar à formação de um ambiente coletivo, seja de ansiedade, seja de temor, etc., que pressiona a todos os que participam do dito ambiente, diminuindo-lhe as energias necessárias para superar a situação ou transformando-o, por contágio, em atitudes bélicas, etc.
Daí a enorme importância que tem o conhecimento de como atuam os pensamentos; é o primeiro passo que devemos dar para aprender a nos esquivar da perigosa influência do verdadeiro “contágio mental” que acabamos de descrever.
Saber como deve o homem selecionar os pensamentos para viver exclusivamente com aqueles que o beneficiam, porque lhe são úteis, proporcionando-lhe motivos de satisfação espiritual e moral, eis a obra mais elevada a que podemos nos consagrar.
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