Edição 131
Uma curiosa maçã
Texto Olga Bongiovanni
Publicado em 29/08/2019
A crença popular atribui à maçã-de-elefante grande poder medicinal, principalmente como analgésico, no combate das dores musculares, inflamações, artrose e reumatismo
Como gosto muito de conhecer e cultivar, acabo conhecendo algumas plantas no mínimo curiosas. Uma delas é a maçã-de-elefante (Dillenia indica). Conhecida popularmente como flor-de-abril, árvore-do-dinheiro, fruta-cofre, bolsa-de-pastor ou dilênia, é uma árvore linda, originária da Índia e foi trazida para o Brasil na época de D. João VI.
Reza a lenda que D. Pedro I brincava no Jardim Imperial, colocando moedas (patacas) em suas flores quando abertas e, ao fecharem, elas guardavam o dinheiro em seu interior. Daí um dos seus nomes populares.
Planta utilizada como árvore ornamental, possui folhas grandes de intenso e chamativo verde, e flores muito belas. Dos seus frutos com aparência de coco, volumosos e pesados, a polpa, a semente e a casca são consumíveis como alimento em várias partes da Ásia. É uma excelente fonte de proteínas, carboidratos e aminoácidos.
A polpa pode ser utilizada em doces, sucos e conservas. A crença popular atribui à maçã-de-elefante grande poder medicinal, principalmente como analgésico, no combate das dores musculares, inflamações, artrose e reumatismo. Eu mesma fiz algumas garrafadas e utilizei. Asseguro que consegui algum alívio em picadas de insetos e em dores musculares. Cheguei a fazer também suco dos frutos; tem gosto forte, mas refrescante.